Autor Tópico: Ferrari pode abandonar a F1 em 2012  (Lida 2633 vezes)

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Tiffosi

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Ferrari pode abandonar a F1 em 2012
« em: 29 de Dezembro, 2009, 16:56:44 »
"Se a F1 não melhorar até 2012 vamos embora"



Luca di Montezemolo voltou a referir-se à possibilidade da Ferrari deixar o Mundial de Fórmula 1 após 2012, caso os custos não baixem. Não é uma ameaça nova, pois no auge da guerra FIA/FOTA, muitas vezes falou dessa possibilidade, mas agora a mensagem é diferente pois 'exige' mudanças que vão desde a redução de custos à mudança de mentalidades no que há relação com os adeptos diz respeito.

São no mínimo curiosas algumas partes do seu discurso, pois pelos vistos só agora se apercebeu que é cada vez maior a distância entre os adeptos e os 'heróis' da modalidade: "Pretendo que a Fórmula 1 melhore até 2012, pois é nessa altura que será rubricado o novo Pacto da Concórdia. Se não mudar, penso que teremos de rumar a outras paragens.", começou por referir Montezemolo, antes de proceder a comparações entre a F1 e outros desportos:

"Penso que a actual 'distância' e falta de contacto entre o público e os pilotos é exagerada. Estive nas 24 Horas de Le Mans e fiquei muito impressionado com o contacto entre os adeptos e os pilotos, e por aí percebi que não há razões para aceitarmos essa distância entre os pilotos e os adeptos na Fórmula 1. Antigamente as boxes tinham sempre uma atmosfera bonita, mas hoje em dia parece um campo de concentração. É preciso mudar isso e muitas outras coisas. Há algum tempo atrás os médicos fumavam durante as operações, agora se fumas na rua querem-te proibir. Dantes testava-se em qualquer altura, agora não há testes para ninguém. Há que haver um equilíbrio pois parece-me que se foi longe demais. Temos de olhar pelo espectáculo. Parece-me que a FIA está agora mais aberta para o começo de uma nova era. São precisas ideias novas onde é preciso englobar tecnologia, desempenho e pesquisa. Temos de reduzir os custos sem perder os elementos mais atraentes da disciplina. Aceitar que alguns fabricantes se tenham visto na obrigação de sair, mas acho que F1 do início do século era melhor a vários níveis.", referiu.

Fonte: Auto Sport





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Ferrari pode abandonar a F1 em 2012
« Responder #1 em: 29 de Dezembro, 2009, 19:17:04 »
Ferrari exige mudanças na Fórmula 1



Controlo de custos, mais proximidade com os adeptos, novos horários, bilhetes mais baratos – Luca di Montezemolo exige mudanças

Luca di Montezemolo (na imagem), presidente da Ferrari, defende que a Fórmula 1 deve encontrar internamente as soluções para os seus problemas se quiser continuar a atrair as atenções dos adeptos. Única equipa que participou em todos os Mundiais de F1, a Ferrari esteve próxima de abandonar a modalidade durante a última temporada, por discordar das regras e do tecto orçamental impostos por Max Mosley, anterior presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) – o britânico foi entretanto substituído pelo francês Jean Todt.

Depois de ter assinado a última versão do Pacto de Concórdia, a Ferrari comprometeu-se em ficar na Fórmula 1 até 2012, mas Montezemolo avisa que só com grandes progressos entre as equipas, a FOTA (associação de equipas de Fórmula 1) e os detentores dos direitos comerciais (com Bernie Ecclestone em destaque) é que a disciplina poderá progredir.

Quero que a F1 melhore até 2012, quando teremos de assinar um novo Pacto de Concórdia, caso contrário vamos procurar motivação noutro lugar”, disse o presidente da Ferrari num encontro com jornalistas para celebrar o Natal. “Estive em Le Mans e fiquei impressionado. Não podemos aceitar tanto distanciamento entre os pilotos, os media e o público. No passado, o 'pit lane' estava cheio de raparigas bonitas, agora parece um campo de concentração. Temos de ultrapassar isso.”

Precisamos de encontrar muitas respostas. Precisamos de gente boa na FIA. O Todt é uma boa pessoa e conhece a Fórmula 1, e estou seguro de que a sua prioridade é criar uma atmosfera de diálogo. O Bernie [Ecclestone] está a chegar ao fim da sua carreira, mas estou certo que pensa no futuro. A FOTA tem sido muito útil. É preciso criar um triângulo forte entre estas três partes”, disse Montezemolo, que abandonou a presidência da FOTA em favor de Martin Whitmarsh (McLaren).

Custos, testes, bilhetes...

Montezemolo defende que a F1 deve repensar todo o seu futuro, em vez de adoptar ligeiras mudanças nas regras na busca de melhorar o espectáculo. “Em primeiro lugar, temos de decidir onde queremos posicionar o produto. Acho que [a F1] deve envolver tecnologia, 'performance' e pesquisa de ponta. Em segundo lugar, precisamos conter os custos sem perder aquilo que nos distingue. Os travões em carbono, por exemplo, são impossíveis de utilizar nos carros de estrada, e podíamos aceitar uma caixa de velocidades comum sem perder as características da F1”, acrescentou o dirigente italiano.

Não ser permitido que o Felipe [Massa] teste o carro é, para mim, contra a própria natureza do desporto. Percebo isso nesta altura, mas não no futuro. Em terceiro lugar, acho que não é a melhor solução substituir equipas de construtores por equipas que não sei se vão estar prontas ou em que condições [para competir no Mundial 2010]”, acrescentou Montezemolo, para quem a proibição de testar durante a temporada é uma medida excessiva.

Há alguns anos podíamos testar todos os dias, agora não podemos fazer testes nenhuns. Precisamos de equilíbrio. É como em Itália, num dia o médico pode operar a fumar, no dia seguinte quem fumar na rua pode ser abatido. Precisamos de um meio-termo”, disse Montezemolo.

Também precisamos de avaliar o espectáculo. Não quero fazer disto uma questão de honra, mas será acertado correr na Europa às duas ou três horas de uma tarde de Verão? Não sei. No futebol jogam às quatro ou cinco da tarde, ou às oito ou nove da noite. Será acertado termos corridas de duas horas? Talvez sejam longas demais. Há coisas que precisamos discutir.”

Os bilhetes devem ser assim tão caros? Hoje, um casal pode voar à volta do mundo por menos dinheiro do que se decidir assistir ao GP de Monza nos melhores lugares. Isso está certo? Não quero ser arrogante ou presunçoso, mas quero ter instrumentos profissionais para avaliar isso”, avançou o presidente da Ferrari.

Montezemolo também não escondeu o seu agrado com a mudança na presidência da FIA. “Eu e o Bernie somos os mais velhos no 'paddock' e partilhamos uma genuína paixão pela F1. Agora, graças a Deus, a FIA está numa nova era, apesar de ter de dizer que o Mosley fez um bom trabalho, basicamente em termos de segurança. Mas, depois do que aconteceu nos dois últimos anos, com as polémicas, os abandonos dos construtores e as decisões que ninguém entendia, graças a Deus que está tudo mais arejado.”

Fonte: AutoPortal





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    La vita è troppo corta per non guidare Italiano
Re:Ferrari pode abandonar a F1 em 2012
« Responder #2 em: 29 de Dezembro, 2009, 19:23:45 »
Muito bem Montezemolo.
Vetture Italiane: più di automobili, uno stile di vita!

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